Inovar com previsibilidade, ritmo e vencendo obstáculos.

[Rafael Godinho Palhano]

Empresas que querem se manter no mercado sem o medo de desaparecer por causa da concorrência devem adotar a inovação como parte de seu planejamento, assim como é feito com as atividades comerciais, marketing, financeiro, manutenção de produtos e serviços…
 

O que leva muitas a não iniciar ou manter-se inovando, é que algumas frustrações que passam nas primeiras tentativas acabam dando insegurança, e os principais motivos para não continuarem estão em começar inovando com uma mentalidade de produção e operação, usando as mesmas técnicas e expectativas de produtos maduros. Isso é reforçado no best seller Startup Enxuta de Eric Ries, em que destaca “Diferente de produtos maduros, produtos em suas fases embrionárias, possui um indicador mais adequado para o seu crescimento, a de aprendizagens validadas, com isso, é importante que se faça previsões testáveis (hipóteses) para concluir cada etapa de aprendizagem e seguir para a próxima. Por isso, recomenda-se um método de progresso em contextos de incertezas extremas.”

Baseado em conceitos que o autor discorre pelo livro acrescentadas por experiências vividas no processo de inovação da Tecnospeed, compartilhamos um gráfico que propõe ilustrar para pessoas que estão iniciando buscar evoluir nesse campo, o que enfrentarão no processo de inovação, isto é, inovar é um processo de descobrir o que não conhecemos, ou seja, é uma constante validação de hipóteses, que conforme se caminha, diminui-se as incertezas e consequentemente aumenta a segurança para as próximas tomadas de decisões e investimentos.

Nos negócios as decisões geralmente são tomadas baseadas em risco e retorno, por isso, a segurança está diretamente ligada.

Sugere-se então iniciar o processo de inovação com previsões testáveis, com o propósito de “descobrir o que os clientes realmente desejam, não o que eles dizem que desejam ou o que achamos que deveriam desejar. precisamos descobrir se estamos num caminho que levará a construir um negócio sustentável de preferência, o mais rápido possível, o produto certo a ser desenvolvido - aquilo que os clientes vão desejar e pelo qual vão pagar.” e caminhar com essa prática de descobertas para as etapas seguintes. 

Importante se aprofundar em estratégias que viabilizem o aumento de velocidade e redução de custos  (e riscos) em validações de hipóteses, a inovação aberta é uma das mais promissores em várias situações (inovar com parcerias)

Abaixo segue trechos extraídos do livro mencionado acima que se encaixa com a temática desse texto:

“...Verdade que nem todas as mudanças propostas acabam se traduzindo em melhorias, por isso, cada aprendizagem validada acaba servindo como ponto de calibragem para poder acelerar as máquinas de vendas no futuro, com maior chance de retorno nos investimentos de marketing e vendas.”

“...Várias empresas já passaram por fazer planos de construção e lançamento de produtos tão complexos, com previsões tão otimistas com investimentos significativos que acabaram que os clientes não corresponderam com as previsões, mesmo executando o plano com exito e rigor, porém não foi o suficiente para a falha…”

“...Por isso, é importante usar métodos enxutos, que te possibilitem ajustes constantes com ciclos de aprendizagens e que te permitirão tomar decisões sobre persistências, ajustes simples, mudanças bruscas ou até declinar…”

Para finalizar, compartilho uma recomendação de Ries “esteja pronto, ou se prepare para enfrentar situações de extrema incerteza. Não deixe tantas amarras que dificulte a velocidade da validação de aprendizados” e sugiro ainda a construção de planos e processos de inovação para seu negócio e não usar somente a intuição para as suas tomadas de decisões, assim inovar será uma atividade previsível, ritmado e contínua em sua empresa.
 

Observação do gráfico: lembrando que essas são etapas iniciais da jornada de inovação de um produto, existem etapas posteriores a estruturação que não estão no gráfico.