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Líder ou Chefe?


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Hoje em dia se fala muito em ser líder e não chefe, mas afinal, qual é a fronteira entre os dois papéis em uma empresa?

Quando se fala em ser um líder, o que todos dizem e pensam, é que deve ser aquele cara que engaja a equipe, que cria seguidores, que tem um grande poder de persuasão, que faz as pessoas o seguirem sem muito esforço e acabem fazendo o que ele diz, porque afinal, ele é um visionário.

Já o chefe, apenas dá ordens, cobra resultado, atrasa para reuniões. É aquele cara que não ouve opiniões alheias, sempre está certo e só quer mandar.

Em grande parte da minha vida profissional, mesmo sem ter o “cargo”, sempre me destaquei como um líder, porém, apenas após um cargo oficial, comecei a me questionar se eu era de fato um líder ou um chefe, apenas nesta fase da minha vida comecei a ficar preocupado em ser mais líder do que chefe. Mas por que antes era mais fácil?

A diferença é que quando eu não tinha o cargo, as pessoas me viam apenas como mais um, e se eu os convencesse de algo, era porque realmente fazia sentido e então trabalhávamos naquela direção. Hoje preciso refletir muito de como peço ou questiono as pessoas, pois isso pode soar uma ordem, quando na verdade, eu quero gerar uma discussão, quando eu não quero ter razão, mas ao mesmo tempo ninguém contra argumenta.

Esse comportamento me faz pensar que, por mais que você, líder ou chefe, dê total liberdade para as pessoas te questionarem, a maioria delas geralmente estará esperando por uma ordem, muitas delas precisam de ordens, só funcionam com cobrança e inconscientemente este é o jeito certo de guiar e ser guiado.

Lógico, este pode ser apenas um problema meu, de minha personalidade como líder, pode ser culpa minha que as pessoas não se sintam à vontade em me questionar e contra argumentar, mas me pergunto, por que antes as mesmas pessoas com quem lido hoje, não se sentiam intimidadas?

Pessoalmente e até profissionalmente, eu sei que tenho gênio forte, cada vez aprendo mais que devo me controlar para expor minhas opiniões e discutir com as pessoas, sou impaciente, porém calmo, sempre busco tratar e cobrar as pessoas de forma que não seja uma cobrança, mas que seja algo em que nós (eu e você) concordamos e entendemos que é a melhor opção. Porém, nos últimos tempos, fica cada vez mais claro pra mim que existem momentos em que o líder bonzinho tem que ser deixado de lado, e pra não falar chefe, o líder carrasco deve aparecer, ele deve cobrar, mandar, e tudo isso tem que soar um tanto quanto rude, pois muitas vezes, as pessoas deixam a “peteca cair”, todo mundo pode falar, orientar e aconselhar, mas enquanto o “boss” não ter essa conversa com a pessoa, ela não vai entender a criticidade do problema.

O que eu posso concluir de tudo isso? Tanto líderes inexperientes como eu, quanto colaboradores de qualquer nível da empresa, tendem a confundir o papel dos líderes pensando que hoje em dia não deve haver mais um superior que cobre e que seja durão em determinados momentos. As pessoas acham que o líder é o chefe bonzinho e tudo se resolverá sem cobrança e sem broncas.

O grande risco de tudo isso, é que se essa cultura do líder ser o chefe bonzinho já existe há algum tempo na empresa, qualquer postura mais rígida de um superior será julgada banal, este será odiado, até que mostre os resultados de sua conduta para sua equipe.

Não deixe esta cultura prevalecer na empresa, pois isso resultará em baixa performance e subutilização de talentos.

E você, concorda? Deixe sua opinião, para mim tudo é um constante aprendizado.

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4 horas atrás, Leonardo_Galdioli disse:
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Hoje em dia se fala muito em ser líder e não chefe, mas afinal, qual é a fronteira entre os dois papéis em uma empresa?

Quando se fala em ser um líder, o que todos dizem e pensam, é que deve ser aquele cara que engaja a equipe, que cria seguidores, que tem um grande poder de persuasão, que faz as pessoas o seguirem sem muito esforço e acabem fazendo o que ele diz, porque afinal, ele é um visionário.

Já o chefe, apenas dá ordens, cobra resultado, atrasa para reuniões. É aquele cara que não ouve opiniões alheias, sempre está certo e só quer mandar.

Em grande parte da minha vida profissional, mesmo sem ter o “cargo”, sempre me destaquei como um líder, porém, apenas após um cargo oficial, comecei a me questionar se eu era de fato um líder ou um chefe, apenas nesta fase da minha vida comecei a ficar preocupado em ser mais líder do que chefe. Mas por que antes era mais fácil?

A diferença é que quando eu não tinha o cargo, as pessoas me viam apenas como mais um, e se eu os convencesse de algo, era porque realmente fazia sentido e então trabalhávamos naquela direção. Hoje preciso refletir muito de como peço ou questiono as pessoas, pois isso pode soar uma ordem, quando na verdade, eu quero gerar uma discussão, quando eu não quero ter razão, mas ao mesmo tempo ninguém contra argumenta.

Esse comportamento me faz pensar que, por mais que você, líder ou chefe, dê total liberdade para as pessoas te questionarem, a maioria delas geralmente estará esperando por uma ordem, muitas delas precisam de ordens, só funcionam com cobrança e inconscientemente este é o jeito certo de guiar e ser guiado.

Lógico, este pode ser apenas um problema meu, de minha personalidade como líder, pode ser culpa minha que as pessoas não se sintam à vontade em me questionar e contra argumentar, mas me pergunto, por que antes as mesmas pessoas com quem lido hoje, não se sentiam intimidadas?

Pessoalmente e até profissionalmente, eu sei que tenho gênio forte, cada vez aprendo mais que devo me controlar para expor minhas opiniões e discutir com as pessoas, sou impaciente, porém calmo, sempre busco tratar e cobrar as pessoas de forma que não seja uma cobrança, mas que seja algo em que nós (eu e você) concordamos e entendemos que é a melhor opção. Porém, nos últimos tempos, fica cada vez mais claro pra mim que existem momentos em que o líder bonzinho tem que ser deixado de lado, e pra não falar chefe, o líder carrasco deve aparecer, ele deve cobrar, mandar, e tudo isso tem que soar um tanto quanto rude, pois muitas vezes, as pessoas deixam a “peteca cair”, todo mundo pode falar, orientar e aconselhar, mas enquanto o “boss” não ter essa conversa com a pessoa, ela não vai entender a criticidade do problema.

O que eu posso concluir de tudo isso? Tanto líderes inexperientes como eu, quanto colaboradores de qualquer nível da empresa, tendem a confundir o papel dos líderes pensando que hoje em dia não deve haver mais um superior que cobre e que seja durão em determinados momentos. As pessoas acham que o líder é o chefe bonzinho e tudo se resolverá sem cobrança e sem broncas.

O grande risco de tudo isso, é que se essa cultura do líder ser o chefe bonzinho já existe há algum tempo na empresa, qualquer postura mais rígida de um superior será julgada banal, este será odiado, até que mostre os resultados de sua conduta para sua equipe.

Não deixe esta cultura prevalecer na empresa, pois isso resultará em baixa performance e subutilização de talentos.

E você, concorda? Deixe sua opinião, para mim tudo é um constante aprendizado.

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Ótimo ponto Leonardo, confesso que sofri muito com isso até entender melhor, o que posso aprender com meus Líderes.

Tem uma frase que levo pra vida desde que ouvi ela.
"Quando a pessoa te cobra, significa que ela confia em ti e sabe que você pode mais. A pessoa que não quer ver você progredir, não te indica onde errou, para que continue sempre estagnado ."
Assim como cobramos nossos familiares, amigos, etc., quando sabemos que estão fazendo algo errado, nosso amor por eles nos faz cobrar ou apenas sugerir os pontos que podem melhorar, pois queremos o sucesso deles. O tom dessa conversa é claro, vai depender da quantidade de vezes que avisamos, a urgência e a gravidade.
Quem não teve aquela pessoa que sempre te incomodava e na prova pedia cola? Provavelmente, a grande maioria iria preferir que ele reprovasse e que não fosse adiante, para que no próximo ano, esta pessoa não estivesse na mesma sala. Já aquele parceiro e amigo, você sempre o ajudaria, para que sempre estivesse ao seu lado, mesmo que fosse necessário falar pra ele: " Bora terminar esse trabalho hoje sem choro?".
Resumindo, eu considero que uma conversa é sempre bem vinda, seja ela mais rígida ou mais amigável, sempre há algo para aprender, melhorar e colocar em prática. Cabe a quem recebe a mensagem, ficar se martirizando ou contestar junto ao Líder, uma forma de buscar melhorias, tanto em sua rotina, quanto na equipe.

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